lunedì 30 novembre 2009

A quem interessa isolar o Irã?


A quem interessa isolar o Irã?
Explicações na entrevista de um pensador que radicaliza o discurso ao defender a tolerância
Christian Carvalho Cruz - O Estado de S.Paulo
Estadao.com.br Suplementos Aliàs

Não se deixe enganar pela voz pequena e rouca do filósofo italiano Gianni Vattimo. Ouvi-lo ao telefone é como ler a Tabacaria, de Álvaro de Campos/Fernando Pessoa. Um soco por linha. Nascido em Turim, onde ainda ensina na universidade local, especialista em Nietzsche e Heidegger, eurodeputado em segundo mandato, mais de 20 livros publicados (entre eles O Fim da Modernidade e Depois da Cristandade), católico, comunista e homossexual, às vezes Vattimo parece querer cantar que não é nada, nunca será nada, não pode querer ser nada neste mundo que "nada aprendeu com a crise dos mercados mundiais".

Aos 73 anos, está profundamente desiludido com sua Europa ("uma colônia americana") e com sua Itália ("uma colônia vaticana"). Mas tem em si todos os sonhos do mundo quando se volta para a América Latina. Acredita que, com Lula à frente, o continente pode finalmente se unir em torno de algo que não sejam "idiotices do passado como a Operação Condor". O Brasil em particular, ele avalia, já se tornou um fator de equilíbrio internacional, uma nação a ser ouvida quando se dispõe a ajudar no processo de paz do Oriente Médio. Não por outra razão, viu como acertada a decisão do governo brasileiro de receber - e não isolar - o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad essa semana. Além disso pede liberdade para o ex-ativista Cesare Battisti, encarcerado em Brasília, e, num grito engasgado contra o papa Bento XVI, dispara: "Eu gostaria de ir à igreja sem ser considerado um monstro porque sou gay".

Em resumo, Vattimo é um radical, como se verá nesta entrevista que concedeu de seu gabinete no Parlamento Europeu, em Estrasburgo (França). Por trás das tintas aparentemente maniqueístas de suas palavras o que há é um radical pela tolerância, pelo pluralismo de ideias, comportamentos e religiões - para ele, as únicas forças capazes de emancipar o ser humano, reduzir a violência e a injustiça social.

Essa semana o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi criticado no Brasil e no exterior por receber em Brasília o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que também esteve na Bolívia e na Venezuela. Quem é Ahmadinejad para o sr.?
Tenho reservas sobre certos comportamentos de Ahmadinejad , que não são novos em relação a outros presidentes que o precederam. Não podemos colocar tudo na conta dele. A questão das eleições supostamente fraudadas é complexa. Os resultados foram refutados pela oposição, e oposição está aí para isso. Não estou convencido de que seja verdade que Ahmadinejad tenha vencido com irregularidades. Ele é, sim, o expoente de uma maioria popular pouco liberal aos olhos europeus. Mas daí a exigir que ele seja diferente vai uma grande distância. Portanto, não acho absurdo que Lula o tenha recebido. Ao contrário, acho fundamental que haja oportunidades de encontros com Ahmadinejad que não sejam só ocasiões de maldizê-lo por ser inimigo de Israel e dos Estados Unidos.

O sr. gostaria de viver no Irã de Ahmadinejad?
Obviamente que não, por motivos homossexuais. Porém, politicamente, o importante é não fazer dele um diabo.

O Brasil acredita ser capaz de desempenhar algum papel no processo de paz no Oriente Médio. O sr. acha que o País tem esse peso internacional?
Estou convencido de que Lula pode liderar uma força mundial empenhada em aproximar Ahmadinejad de países liberais. É melhor levar Ahmadinejad a sério do que isolá-lo, porque as razões pelas quais o isolam são pouco razoáveis. Ahmadinejad quer fazer a sua bomba atômica? Eu duvido, porque é justo pensar - como pensa Lula - que ele pretenda usar a energia nuclear para fins pacíficos. Mas digamos que seja verdade, que Ahmadinejad queira ter uma bomba atômica. Isso não me escandaliza. Todos os países do clube ocidental a tem. Israel, seu vizinho, a tem. E Ahmadinejad não pode querer tê-la? Baseado em quais princípios?

Talvez baseado no fato de ele negar a existência do Holocausto.
Existem muitos judeus, israelenses inclusive, que são críticos da política de Estado de Israel. Descobri em minha história familiar que meu sobrenome, Vattimo, vem de judeus convertidos à força no passado. Isso me dá o direito de ser mais crítico. Parece-me excessivamente americano dizer "você não deve receber Ahmadinejad".

De que maneira o Brasil pode contribuir para a paz no Oriente Médio?
Fazendo contraponto aos Estados Unidos. A força econômica crescente e o respeito político conquistado fazem do Brasil um elemento de equilíbrio internacional. Até agora foram os Estados Unidos que deram as cartas, dizendo o que Israel devia fazer. Só que Israel sempre fez o que quis. E esse é um dos grandes entraves para a paz.

Se os EUA não conseguem, por que Lula vai conseguir?
O fato de Lula falar com Ahmadinejad elimina o hábito que domina toda a imprensa ocidental de observar a vontade americana, que é: "Com Ahmadinejad não se fala". Isso é o que fortalece a direita israelense, a agressividade israelense. Então, se Lula se aproxima de Ahmadinejad simplesmente o retira de sua condição de pária. Isso deve ajudar a limitar a agressividade israelense contra os palestinos.

O sr. vê solução para o conflito israelense-palestino?
Israel ajudaria se interrompesse sua política de expansão imperialista e racista. Por que Israel deve ser um Estado onde os palestinos têm menos direitos que os judeus? Talvez a única solução seja ter um Estado único que comporte Palestina e Israel sob administração da ONU. Todos os programas de dois Estados separados avançaram apenas com ofertas ridículas feitas por Israel aos palestinos. Não acredito mais na solução de dois Estados separados. Estão tentando faz 40 anos...

A Europa de Churchill, De Gaulle e tantos líderes não tem mais peso nos processos internacionais?
A Europa é um continente que permanece importante por razões econômicas, tecnológicas, etc. Mas, para mim, se não nos salvarem vocês, latino-americanos, nós nos dissolveremos. Conto sempre o seguinte episódio: eu era já parlamentar europeu quando Lula se elegeu presidente pela primeira vez. Na manhã em que soubemos da eleição dele entrei no Parlamento e senti um grande clima de excitação, até nos setores de direita. A Europa se sentia, e se sente ainda, uma colônia americana. A ideia de que Lula finalmente tinha se tornado presidente do Brasil com um programa que não consistia em seguir às cegas a cartilha de Washington, mas previa uma polícia autônoma, reconfortou a Europa. E eu continuo dizendo que só a América Latina pode salvar a Europa.

O sr. não está exagerando?
Veja, a União Europeia acabou de nomear uma ministra de Relações Exteriores que é uma baronesa que jamais foi eleita em nenhuma eleição na vida (a inglesa Catherine Margaret Ashton). Ela está lá porque herdou um título de lady e, como tal, uma cadeira na Câmara dos Lordes da Inglaterra. O que podemos esperar de uma Europa assim? A dimensão desse personagem mostra que a Europa não quer jogar a sério. Estamos fazendo a Europa dos governos, não a Europa dos cidadãos. Na América Latina hoje se desenvolvem regimes mais democráticos do que aqueles patrocinados pelos Estados Unidos no passado. Lula e a América Latina podem limitar o poder americano, intolerável em questões de guerra. No dia em que o Brasil criticar duramente a política dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão os americanos pensarão duas vezes antes de continuar essas guerras. Nós europeus, ao contrário, estamos sempre ligados a isso. Sobretudo os italianos, que engrossamos as chamadas forças de paz encabeçadas que nada mais são do que forças de guerra travestidas.

Nessa Europa que o sr. diz estar à beira do precipício, qual tem sido o papel da Igreja Católica comandada pelo papa Bento XVI?
Na Itália a Igreja Católica sofre de um delírio de onipotência que pode levá-la ao derretimento. Quero que ela sobreviva, porque sou cristão. Mas a Igreja precisa ser salva dos papas. O papa Ratzinger, com seu frenesi de sufocar a vida, a família, a sexualidade, com base na ordem da natureza... Isso não faz sentido. Ele fala sempre em lei natural porque quer impor suas convicções também a quem não crê. A Itália é uma colônia vaticana, não se pode fazer nada. Não se pode falar de eutanásia, de união civil entre homossexuais. Pra mim, o cristianismo deve se desenvolver como caridade e humanismo. Todo o resto, os cultos, os milagres, as superstições me embaraçam. Eu gostaria de poder ir à igreja sem ser considerado um monstro porque sou gay.

Que avaliação o sr. faz da crise financeira mundial? Ela pode vir a construir um mundo mais justo na medida em que golpeou o capitalismo?
Ma che... Era uma grande ocasião para rever algumas coisas, algumas crenças. Mas como reagiram os governos europeus? Tomaram medidas simplesmente para restaurar o capitalismo exatamente como ele era. Não pensaram nem por um segundo que em dez anos estaremos na mesma situação. Os jornais já dizem que recomeçou a especulação imobiliária nos Estados Unidos. É exatamente o mesmo ciclo. Nada mudou. Não houve nenhuma novidade na regulação da economia, novos acordos. Apenas financiaram as dívidas dos bancos para que os danos não fossem maiores.

Podemos falar agora do ex-ativista italiano Cesare Battisti, que está preso no Brasil?
Era justamente o assunto que eu queria evitar. Um caso espinhosíssimo. Acompanho bem o assunto. Primeiro, não é verdade que não exista justiça na Itália. Podemos confiar nos tribunais italianos, afinal (o primeiro-ministro Silvio) Berlusconi tem pavor deles (risos). Também não é verdade que Battisti corre risco de vida na Itália. É verdade, porém, que ele foi julgado à revelia. E esse não é um exemplo de processo judicial que se possa dar ao mundo. Além disso, depois de ter escapado da Itália, Battisti sempre levou uma vida de cidadão exemplar. Sou favorável à permanência dele no Brasil, a um ato de clemência. Deem a ele a possibilidade de morar no exterior e encerremos o assunto. Já se passaram dezenas de anos. Sou contra uma justiça feita com contornos de vingança. A extradição para a Itália seria, objetivamente, uma vitória da direita. E isso não me agrada.

REGIONALI: VATTIMO, IN CALABRIA GRANDE FERVORE CULTURALE

REGIONALI: VATTIMO, IN CALABRIA GRANDE FERVORE CULTURALE
(ANSA) - CATANZARO, 28 NOV - ‘Mi piace l’idea di una Calabria laboratorio politico perché ho visto che è davvero così, anche nei piccoli centri’. A sostenerlo è stato l’eurodeputato di Idv Gianni Vattimo intervenendo al dibattito promosso a Catanzaro dal partito. ‘Facendo campagna elettorale per le europee - ha aggiunto - ho notato un fervore culturale notevole ma ho sperimentato anche i grossi problemi della democrazia perché ho conosciuto il fenomeno del controllo del voto. Comunque sono fiducioso perché il fervore, soprattutto tra i giovani, c’è’. Parlando poi del tema della democrazia all’interno del partito, Vattimo ha sostenuto che ‘è giusto che ci sia la preoccupazione del perseguimento della democrazia ma l’esigenza va equilibrata con il fatto che quando nasce un partito come Idv lo fa sulla base rappresentata da una persona’.

sabato 28 novembre 2009

Crocifisso / Contropetizione di Vattimo ed eurodeputata olandese


Crocifisso/ Contropetizione di Vattimo ed eurodeputata olandese
Dichiarazione scritta a difesa sentenza della Corte dei diritti

Bruxelles, 27 nov. (Apcom) - Due eurodeputati del gruppo liberaldemocratico (Alde), l'italiano Gianni Vattimo (Idv) e l'olandese Sophie in 't Veld (del partito liberal progressista D66) hanno sottoposto alla firma dei colleghi, oggi a Bruxelles, una proposta di dichiarazione scritta del Parlamento europeo a difesa della sentenza della Corte dei diritti dell'uomo di Strasburgo contro l'obbligo di esposizione del crocifisso nelle scuole pubbliche italiane. Il testo è una sorta di contro-petizione rispetto a un'analoga iniziativa, di senso opposto, di cui sono iniziatori gli europarlamentari italiani del Ppe.
"La presenza obbligatoria di simboli religiosi nelle scuole pubbliche va contro la libertà religiosa e la libertà di pensiero. Le istituzioni pubbliche dovrebbero rispettare tutti i cittadini, indipendentemente dalla loro religione o dalle loro credenze, l'affiliazione politica o altro. Le istituzioni pubbliche come i tribunali, le scuole, gli ospedali etc. Dovrebbero essere neutrali", afferma Sophie in 't Veld in una nota.
L'europarlamentare olandese (che aveva già svolto un ruolo importante nella 'bocciatura' europarlamentare di Rocco Buttiglione, cinque anni fa, quale commissario designato alla Giustizia) sta mobilitando i suoi colleghi sulla questione. Quattro di loro hanno già firmato la dichiarazione scritta "sulla libertà di pensiero, coscienza e religione, il diritto all'istruzione e il divieto di discriminazione in relazione ai simboli religiosi".
Una dichiarazione scritta che sia firmata da più della metà degli eurodeputati assume lo stesso valore di una risoluzione adottata dalla plenaria del Parlamento europeo. Nel testo sottoposto alle firme "noi difendiamo il significato e religioso e l'importanza del crocifisso, che il governo italiano ha negato di fronte alla Corte europea dei diritti umani, facendolo passare per un simbolo culturale nazionale o tradizionale", spiega Vattimo nella nota.
Nella dichiarazione scritta, fra l'altro, si riafferma il principio della separazione fra Stato e Chiesa, la libertà di coscienza, pensiero e religione, nonché il diritto all'istruzione e il divieto di discriminazione come "valori centrali dell'Ue"; d'altra parte, si fa appello agli Stati membri "affinché riconoscano e rispettino la rilevanza confessionale e la natura dei simboli religiosi".
Le istituzioni pubbliche, sia al livello Ue che nazionale, continua il testo, "devono rappresentare tutti i cittadini, indipendentemente dalle loro credenze, dalla loro religione o credo filosofico, senza discriminazioni".
La dichiarazione si conclude con un appello, sempre rivolto agli Stati membri, ad "ottemperare alla sentenza della Corte europea dei diritti dell'uomo e a garantire che i simboli religiosi non siano esposti in luoghi usati dalle pubbliche autorità".

venerdì 27 novembre 2009

Dieci domande all’Idv, le risposte dei parlamentari europei

Dieci domande all’Idv, le risposte dei parlamentari europei


Cari amici di MicroMega, come delegazione di IdV al parlamento europeo abbiamo in comune letto e discusso le dieci famose domande. Qualcuno di noi ha osservato che avrebbero dovuto essere undici o nove, per non somigliare troppo provocatoriamente a quelle ancora inevase di Repubblica a Berlusconi. Ma naturalmente abbiamo riconosciuto la pertinenza dei vostri interrogativi. Nel frattempo, Di Pietro ha formulato le sue risposte nelle quali ci riconosciamo pienamente. Pensiamo in particolare a tutta la parte delle sue risposte che riguarda il codice etico di IdV e l'importanza, per la definizione di un programma "riformista, solidale, repubblicano, laico", del prossimo congresso rifondativo del partito. Sottolineiamo e incoraggiamo il lodevole sforzo del partito, unico in Italia, di ulteriore apertura alla società civile, con una modalità di partecipazione innovativa nella quale il pur necessario momento del tesseramento costituisca una forma non esclusiva nè esaustiva di impegno e organizzazione. Quanto al programma, siamo consapevoli che oggi, in Italia, la sola rivoluzione possibile, e necessaria, è quella che si impegna a far valere le leggi e anzitutto la Costituzione. I valori del partito vengono affermati con molto impegno anche in Europa, attraverso iniziative lanciate dalla nostra delegazione. Il dibattito sulla libertà di informazione in Italia ha tenuto banco per quasi due mesi raggiungendo un pareggio nella votazione finale ( risultato deludente, ma pur sempre notevole in un parlamento a maggioranza di centro-destra). E poi la proposta di una messa al bando di tutte le armi nucleari entro dieci anni; un ricorso legale alla Commissione Europea contro lo scudo fiscale, il recente lancio di un intergruppo per la lotta alla mafia, la presidenza della Commissione di Controllo dei bilanci (per la prima volta ottenuta da un italiano), sono solo alcune delle iniziative intraprese in questo avvio di legislatura europea, a cui si affianca il lavoro sistematico di tutti noi nelle varie commissioni parlamentari di appartenenza. Vogliamo in ogni caso continuare il dialogo con voi, e vi ringraziamo dell'attenzione, anche critica, con cui seguite il nostro lavoro.

Nicolò Rinaldi, capo delegazione; Sonia Alfano, Pino Arlacchi, Luigi De Magistris, Vincenzo Iovine, Giommaria Uggias, Gianni Vattimo

Dichiarazione scritta sulla libertà religiosa ed in difesa della sentenza della Corte europea dei diritti umani di Strasburgo sui simboli religiosi

Pe: depositata dichiarazione su libertà religiosa in difesa della Corte Europea dei diritti dell'uomo
Radicali Italiani e Certi Diritti ringraziano i deputati firmatari e si augurano che venga quanto prima approvata dal PE
26 novembre 2009
http://www.radicali.it/view.php?id=149813

Radicali Italiani e Associazione Radicale Certi Diritti ringraziano i deputati europei che hanno stamane depositato al PE di una dichiarazione scritta sulla libertà religiosa ed in difesa della sentenza della Corte europea dei diritti umani di Strasburgo sui simboli religiosi ed in particolare il crocefisso. La Dichiarazione è stata depositata dagli eurodeputati del gruppo liberale e democratico Sophie In't Veld, Gianni Vattimo, Stanimir Ilchev, dall'eurodeputato spagnolo del PSE Miguel Angel Martinez e dal francese Jean-Marie Cavada del PPE. La dichiarazione riafferma l'importanza dei valori fondamentali europei quali la libertà di pensiero, coscienza e religione, il diritto all'educazione e la proibizione delle discriminazioni; considera che le istituzioni pubbliche dovrebbero rappresentare tutti i cittadini, a prescindere dalla loro religione, credo o filosofia, senza discriminazioni; chiede agli Stati membri di rispettare il diritto alla libertà di religione e di riconoscere pienamente e rispettare la natura e l'importnaza confessionale dei simboli religiosi; chiede infine agli Stati membri di rispettare la sentenza della Corte Europea dei Diritti dell’Uomo riguardo il caso Lautsi contro l’Italia e di assicurare che i simboli religiosi non siano imposti nei luoghi pubblici.
La dichiarazione scritta sarà esaminata dalla presidenza del PE e gli eurodeputati potranno firmarla dalla sessione di dicembre del PE, i quali potranno scegliere tra questa e quella depositata da Sergio Silvestris (PDL), Mario Mauro (PDL, capo-delegazione), Magdi Cristiano Allam (CDU), Carlo Casini (UDC) e Mario Borghezio (Lega) ma anche dai - a questo punto teodem - David Maria Sassoli (capo delegazione PD) e Gianni Pittella (Vice-presidente PD del PE).
Certi Diritti invita tutti gli eurodeputati italiani a firmare la dichiarazione di Sophie In't Veld, Gianni Vattimo, Stanimir Ilchev, Miguel Angel Martinez e Jean-Marie Cavada, e a boicottare quella fondamentalista-talebana, nonché da bi-Stato italiota-vaticano, firmata anche dall'inciucio PDL-teodem PD.


Segue il testo della Dichiarazione scritta:


Written declaration on freedom of thought, conscience and religion, the right to education and the prohibition of discrimination in relation to religious symbols
The European Parliament,
having regard to the freedom of thought, conscience and religion, the right to education and the prohibition of discrimination, as protected by articles 9, 2 of Protocol nr 1 and 14 of the European Convention on Human Rights, as well as by articles 10, 14 and 21 of the EU Charter of Fundamental Rights,
having regard to the judgment of the European Court on Human Rights Lautsi v. Italy
having regard to the Lisbon Treaty and the future accession of the EU to the ECHR,
having regard to Rule 123 of its Rules of Procedure,
1. States its attachment to the principle of separation of church and state, freedom of thought, conscience and religion, the right to education and the prohibition of discrimination, as core values of the EU,
2. Considers that public institutions, at the national and EU level, should represent all citizens, regardless of belief, religion or philosophy, without discriminations,
3. Calls Member States to respect the right to freedom of thought, conscience and religion and to fully recognise and respect the confessional relevance and nature of religious symbols;
4. Calls on Member States to abide to the European Court of Human rights ruling and ensure that religious symbols are not displayed in premises used by the public authorities
5. Instructs its President to forward this declaration, together with the names of the signatories, to the Parliaments of the Member States.

giovedì 26 novembre 2009

Più Libri Più Liberi - Fiera della piccola e media editoria

In attesa di "Più libri Più liberi"

La Fiera della piccola e media editoria a Roma dal 5 all’8 dicembre di Anna De Ianni - Mancano pochi giorni alla manifestazione culturale “Più libri Più liberi”, Fiera nazionale della piccola e media editoria, che si svolgerà a Palazzo dei Congressi di Roma dal 5 all’8 dicembre prossimi. In fiera i temi del presente e le nuove tendenze del futuro con attualità, incontri, novità editoriali, ebook e DigiTAL Cafè. Tra gli ospiti Edoardo Albinati, Niccolò Ammaniti, Fausto Brizzi, Thomas Brussig, Massimo Carlotto, Ascanio Celestini, Goffredo Fofi, Philippe Forest, Veit Heinechen, Mara Maionchi, Sergio Rubino, Domenico Starnone. Al centro dell’ottava edizione della manifestazione promossa dall’Associazione Italiana Editori (AIE) le questioni di attualità alla base del dibattito mondiale degli ultimi anni. A conclusione della prima decade del terzo millennio, l’edizione 2009 rappresenta l’occasione per riflettere su quanto è stato fatto e quanto sia ancora da fare per il futuro. Una riflessione che si aprirà con le voci di intellettuali come Boeri, De Cataldo, Severgnini e Vattimo che tracceranno un primo bilancio dei primi anni del 2000, per poi proseguire nel dibattito condotto da attori della letteratura, della politica e dello spettacolo (Ascanio Celestini, Dacia Maraini e Pietro Grasso, Milena Gabanelli, Michele Santoro e Luigi De Magistris, Vladimir Luxuria, Danilo Dolci, Aldo Morrone, Franco Ferrarotti e poi ancora Lucia Goracci, Daniele Mastrogiacomo e Luca Rigoni, Tullio De Mauro, Edoardo Albinati, Gabriele Paparelli, Tito Stagno, Johnny Palomba, Elena P. Melodia e Leopoldo Mastelloni, Rodolfo Laganà e Dario Salvatori), nel più vasto panorama degli incontri dal titolo “2010: appunti d’inizio millennio”. Grazie anche all’esperienza raccolta negli scorsi anni, il programma culturale della Fiera per l’anno 2009 si fa ancora più ricco di incontri e appuntamenti, a cui parteciperanno 409 case editrici con le loro proposte di novità editoriali. Uno spazio ragazzi, percorsi tematici e uno sguardo al futuro con gli ebook e il nuovo spazio DigiTAL Cafè in diretta streaming su Rai.it e Più Blog. Numerose le novità editoriali che spaziano dalla letteratura alla scrittura di testimonianza, dal romanzo (ultima uscita della serie di racconti di Massimo Carlotto “L’amore del bandito”) alla commedia (D. Starnone, S. Rubini, C. Cavalluzzi “Il cattivo soggetto”). E ancora, non mancheranno gli esponenti della letteratura straniera come la giovane scrittrice Aude Walker con il suo nuovo romanzo “Saloon” e come il più folto gruppo di intellettuali latinoamericani, che presenzieranno all’evento a scopo della commemorazione dei duecento anni dall’indipendenza dell’America Latina (a nome della collaborazione che prosegue anche per quest’anno tra “Più Libri Più Liberi” e l’Istituto Italo Latino Americano). La piccola e media editoria presenterà le sue proposte editoriali per i più piccoli. La letteratura per ragazzi è protagonista della serie di incontri “Più Libri Junior – Storie per attraversare i muri”, progetto che coinvolge i ragazzi dai 9 ai 14 anni su iniziative volte alla riflessione sul muro di Berlino, al ventennale della caduta, e diverse presentazioni con Licia Colò, Luisa e Morando Morandini e Chiara Carminati). “Più Libri e Più Liberi” è infine lo spazio in cui venire a contatto e sperimentare le nuove tecnologie digitali, come l’ebook che sarà possibile vedere e “toccare” e il DigiTAL Cafè, in programma con una discussione sulle nuove frontiere della comunicazione culturale.

Libero web senza fili

Libero web senza fili
di Alessandro Gilioli
Imprenditori, giuristi e politici chiedono al governo di abolire la legge che soffoca il Wi-Fi in Italia
L'espresso, 26 novembre 2009

"Nessun Paese occidentale, neppure dove sono più rigorose le misure contro il terrorismo, è prevista una normativa tanto restringente in materia di identificazione di chi accede a Internet da postazioni pubbliche". E "costringere chi vuole accedere a Internet a sottoporsi alla procedura oggi prevista è un enorme disincentivo all'utilizzo della Rete". Quindi questa legge va cambiata, anche perché "la crescita economica, sociale e culturale dell'Italia non può prescindere da una piena diffusione delle moderne tecnologie di comunicazione". Chi ha scritto queste dure parole contro il cosiddetto decreto Pisanu del 2005, quello che sta soffocando il Web senza fili in Italia? Né un pirata informatico né un estremista di sinistra, ma un pacioso deputato del Popolo delle Libertà, Roberto Cassinelli. Il quale, da ex liberale, si è accorto che così com'è stata varata nel 2005 la legge ha effetti disastrosi sulla comunicazione on line in Italia. Infatti se si obbliga un fornitore pubblico di Internet a identificare con la carta d'identità chiunque usi la sua connessione, di fatto si uccide il Wi-Fi. Chiunque sia stato negli ultimi anni in una metropoli americana o europea lo sa bene: in ogni parco pubblico, panchina o coffee shop basta accendere il pc (o lo smart phone) e si trovano subito due o tre reti disponibili, gratis o a pagamento, attraverso le quali connettersi on line. In Italia, niente o quasi: e quei pochi che mettono a disposizione il proprio hot-spot devono prendersi la briga di chiedere un documento di ogni utente e di inviare i dati alla questura, un po' come a Cuba o in Birmania.Il decreto Pisanu era stato approvato in tutta fretta sull'onda emotiva delle stragi di Al Qaeda a Londra e Madrid: si era pensato che i terroristi islamisti potessero utilizzare Internet (e in particolare i cyber point gestiti da extracomunitari) per preparare eventuali attentati sul nostro territorio. Peccato che niente del genere sia stato mai imposto da nessuno dei Paesi che veramente hanno pagato la follia omicida di Al Qaeda: nemmeno gli Stati Uniti, che dopo l'11 settembre hanno passato il Patriot Act con diverse inedite limitazioni alle libertà personali (comprese le intercettazioni del traffico dati sul Web) ma nessun obbligo di registrazione per chi si connette.
Un unicum italiano, insomma. Che tra l'altro doveva essere provvisorio (con scadenza alla fine del 2007) ed è invece stato prorogato due volte, prima dal governo Prodi e poi da quello attuale. E l'aria che tira non è buona nemmeno quest'anno, con gli allarmi antiterrorismo che vengono lanciati dal ministro Maroni. Ma nonostante ciò, questa volta alcune fette di società civile e di politica hanno deciso di muoversi per tempo e di provare a sensibilizzare l'opinione pubblica prima che a dicembre il consueto decreto Milleproroghe ammazzi la Rete senza fili per un altro anno. È nata così la Carta dei Cento per il libero Wi-Fi (vedere riquadro) in cui per la prima volta si chiede al governo e al Parlamento di emancipare Internet da quella norma antistorica, che penalizza ulteriormente il nostro Paese già molto indietro nella connessione al Web rispetto al resto d'Europa. Un'iniziativa, quella dei Cento, non di parte e voluta soprattutto da imprenditori del Web (tra gli altri, il fondatore di Vitaminic Gianluca Dettori, il patron di Magnolia Giorgio Gori, il proprietario di Banzai Paolo Ainio, il creatore di Blogosfere Marco Montemagno), manager e consulenti legati all'innovazione (come Marco Pancini di Google, Alberto Fedel di Newton e Mafe de Baggis di Youplus), docenti universitari (come Abruzzese, Revelli, Vattimo, De Kerkhove, Bonaga e Marramao), direttori di fondazioni come quella creata da Montezemolo, ItaliaFutura (Andrea Romano) o quella finiana FareFuturo (Alessandro Campi), giuristi (Stefano Rodotà, Guido Scorza ed Elvira Berlingieri), ovviamente blogger (come Luca Sofri e Massimo Mantellini) e direttori di nuove testate (Tommaso Tessarolo di Current tv e Riccardo Luna di 'Wired'). Ci sono anche scrittori (Elena Stancanelli, Piergiorgio Paterlini e il recente vincitore dello Strega, Tiziano Scarpa), mentre non sono moltissimi i politici, tra i quali tuttavia si segnalano Ignazio Marino, Mercedes Bresso, Ivan Scalfarotto, Marco Cappato e Giuseppe Civati. Particolarmente interessanti sono due firme vicine al mondo militare, come quella del generale (ed ex vicecomandante della Nato) Fabio Mini e dell'esperto di questioni belliche del 'Giornale' Andrea Nativi: convinti anche loro che le norme in questione non abbiano alcuna efficacia nella prevenzione del terrorismo, e che quindi il decreto Pisanu, almeno nella parte che riguarda il Web, non abbia ragione di esistere.
La Carta dei Cento, che verrà inviata a Berlusconi e ai capigruppo, si accompagna alla proposta di legge bipartisan di Cassinelli (è stata firmata insieme a Paola Concia, del Pd) che non liberalizzerebbe totalmente l'accesso all'WiFi ma migliorerebbe comunque l'attuale normativa: si lascerebbe ad esempio al ministro la possibilità di valutare se sopprimere integralmente la necessità di identificazione, delegandolo a stabilire "le ipotesi in cui si renda necessaria la preventiva identificazione" e in ogni caso prevede strumenti d'identificazione diversi dall'esibizione di un documento d'identità, come ad esempio un modulo on line nel quale l'utente digiterà il proprio numero di cellulare, al quale poi arriverà un sms con un codice per accedere alla Rete.Niente di rivoluzionario, e il passaggio obbligatorio del messaggino inibirebbe comunque una delle caratteristiche migliori del Web (l'immediatezza della connessione), ma un piccolo passo in avanti rispetto alle attuali misure questurine. Il che, nell'Italia di oggi, non sarebbe comunque disprezzabile. http://gilioli.blogautore.espresso.repubblica.it/

martedì 24 novembre 2009

Convegno IDV a Catanzaro


SABATO 28 NOVEMBRE A CATANZARO CONVEGNO IDV CON DI PIETRO, DE MAGISTRIS, ARLACCHI, VATTIMO, TRANFAGLIA, GAMBINO, FALCONE E CALLIPO

Questione morale e questione culturale. La Calabria laboratorio politico”: è il tema dell’incontro organizzato da Italia dei Valori di Catanzaro, che si terrà il prossimo sabato 28 novembre, con inizio alle ore 9.00, presso la Casa delle Culture – Palazzo della Provincia di Catanzaro. Al dibattito, moderato da Matteo Cosenza, direttore del Quotidiano della Calabria - dopo i saluti del commissario Idv Calabria, on. Ignazio Messina, e del commissario provinciale Idv Catanzaro, Gianluca Silipo - interverranno il presidente nazionale di Italia dei Valori on. Antonio Di Pietro, gli europarlamentari Idv Luigi de Magistris, Pino Arlacchi e Gianni Vattimo, lo storico Nicola Tranfaglia, i docenti dell’Unical Silvio Gambino e Anna Falcone, e l'imprenditore Pippo Callipo, candidato alla Presidenza della Regione Calabria.

lunedì 23 novembre 2009

Interrogazione sull'affondamento nel 1992 della motonave Cunsky al largo delle coste di Cetraro (CS) trasportante rifiuti tossici

INTERROGAZIONE SCRITTA E-5635/09
di Gianni Vattimo (ALDE), Raül Romeva i Rueda (Verts/ALE), Sonia Alfano (ALDE), Giommaria Uggias (ALDE) e Vincenzo Iovine (ALDE)
alla Commissione

Oggetto: Richiesta di informazioni in merito all'affondamento nel 1992 della motonave Cunsky al largo delle coste di Cetraro (CS) trasportante rifiuti tossici e richiesta di intervento diretto e/o indiretto

Considerato che

– nel Mar Tirreno, al largo di Cetraro (CS) a circa 11,8 miglia nautiche dalla costa e a 483 metri di profondità, è stato rinvenuto un relitto di notevoli dimensioni;

– secondo il collaboratore di giustizia Francesco Fonti, si tratterebbe della motonave Cunsky, affondata nel 1992 dolosamente da lui ed altre persone appartenenti ad una organizzazione criminale operante in zona con la complicità di esponenti delle istituzioni italiane;

– la suddetta nave trasportava rifiuti tossici e radioattivi;

– sino ad oggi la Regione Calabria e gli enti locali nonché la stessa Autorità Giudiziaria sono stati lasciati soli dal governo italiano, il quale pure avrebbe le competenze e le risorse economiche, umane e strumentali per fare piena luce sul misterioso relitto (che risulterebbe essere stato smantellato in India nel gennaio 1992) e per accertare quali sostanze siano contenute nei fusti e nei bidoni rinvenuti nella stiva dello stesso nonché se vi siano danni all’ecosistema marino e pericoli per la salute pubblica.

Può la Commissione far sapere, ai sensi della decisione quadro 2005/667/GAI[1] del Consiglio intesa a rafforzare la cornice penale per la repressione dell'inquinamento provocato dalle navi, e ai sensi del protocollo di Barcellona, del febbraio 1976, modificato nel giugno 1995 e adottato dal Consiglio con decisione del 29 aprile 2004, relativo alla protezione del Mar Mediterraneo dall'inquinamento e alla cooperazione in caso di situazione critica,

1. di quali notizie dispone in merito alla grave situazione rappresentata?

2. se non ritiene di dover intervenire, direttamente e/o indirettamente, per supportare le attività tecnico – investigative e bonificare, per quanto possibile, l’ambiente al fine di prevenire ingenti danni alla salute della popolazione?

[1] GU L 255 del 30.9.2005, pag. 164.

Gaza Freedom March

A Gaza a fine dicembre saremo migliaia per dire basta con l'assedio
La Gaza Freedom March non si limiterà a deplorare la brutalità israeliana, ma agirà per fermarla.
(22 novembre 2009)
Tra il 28 e il 29 dicembre, migliaia di volontari provenienti da tutto il mondo si sono dati appuntamento al valico di Rafah, il confine della Striscia di Gaza con l’Egitto, in quella che si annuncia come la più grande operazione di solidarietà internazionale della storia recente. Con la Gaza Freedom March, In tutto il mondo ci si sta mobilitando per porre fine alla tortura del popolo palestinese di Gaza, rispondendo all’esortazione contenuta nell’appello dell’associazione statunitense Code Pink: “Con la Gaza Freedom March, l’umanità non si limiterà a deplorare la brutalità israeliana, ma agirà per fermarla”. Ad oggi, la Gaza Freedom March vede l’adesione e la partecipazione di associazioni, comitati e forze sociali dalla Francia, dalla Gran Bretagna, dall'Italia, dall’Irlanda, dal Belgio, dalla Svizzera, dalla Spagna, dalla Grecia, dalla Germania, dalla Svezia, dalla Danimarca, dalla Finlandia, insomma da tutta l’Europa, oltre che dagli Stati Uniti, dal Canada, dal Messico, dalla Nuova Zelanda e dall’Australia. Non mancherà, inoltre, la presenza di volontari dal mondo arabo e quella di attivisti israeliani contro l’occupazione. La partecipazione italiana sarà all’altezza della situazione. Ancora una volta senza alcun sostegno da parte di partiti o istituzioni decine di volontari hanno risposto all’appello del Forum Palestina e si sono organizzati autonomamente, come autonomamente sono state organizzate tutte le iniziative di solidarietà con il popolo palestinese di questi anni, comprese le grandi manifestazioni durante l’operazione Piombo Fuso. Alla Gaza Freedom March hanno aderito molte personalità autorevoli della cultura e della politica. Jimmy Carter e Nelson Mandela sono fra quelli di cui è stata annunciata la presenza alla Marcia, ma l’elenco delle adesioni comprende Omar Barghouti (fondatore della Campagna Palestinese per il Boicottaggio, Disinvestimento e Sanzioni - BDS), Mustafa Barghouti (deputato del Consiglio Legislativo Palestinese), Noam Chomsky, il deputato inglese George Galloway, Arun Gandhi, i registi Aki Kaurismak, Ken Loach e Oliver Stone, gli scrittori Naomi Klein e Gore Vidal, il Premio Nobel per la Pace Mairead Maguire, Jeff Halper (fondatore del Comitato Israeliano Contro la demolizione delle Case) e moltissimi altri. Fra i sostenitori italiani della Marcia, gli eurodeputati Luigi De Magistris e Gianni Vattimo, l’ex vicepresidente del Parlamento Europeo Luisa Morgantini, gli ex europarlamentari Vittorio Agnoletto e Marco Rizzo, oltre ad esponenti della cultura, dell’associazionismo e del sindacalismo di base. Dobbiamo lavorare ancora affinché il sostegno alla Gaza Freedom March cresca e per non permettere che su questa iniziativa cali la solita censura del silenzio, perché portare il nostro messaggio di solidarietà direttamente al popolo palestinese è importante, ma è fondamentale la battaglia politica qui, in un Paese dove la quasi totalità del mondo politico e dell’informazione è letteralmente schiacciata sul sostegno all'oocupazione sionista e alla sua terroristica concezione della sicurezza. Cominciamo a liberare Gaza dall'assedio. Con la Palestina nel cuore, fino alla vittoria!
tutte le informazioni sulla partecipazione alla Gaza Freedom March dall'Italia le trovate su www.forumpalestina.org

sabato 21 novembre 2009

Inserire l’acqua nell’agenda dei negoziati di Copenaghen sul cambiamento climatico

Ecco un'iniziativa che sostengo e che mi piacerebbe sosteneste anche voi:

Inserire l’acqua nell’agenda dei negoziati di Copenaghen sul cambiamento climatico
UN’INIZIATIVA DEL WORLD POLITICAL FORUM

Proposta per un accordo globale per una sostenibilità effettiva

- L’insostenibilità dell’attuale sistema di produzione e di consumo è il risultato sia della crescente rarefazione delle risorse naturali - acqua inclusa - sia dell’aumentato squilibrio nell’accesso ai beni e servizi essenziali e insostituibili per la vita fra esseri umani, gruppi sociali, comunità e paesi.
- È anche una questione di sicurezza regionale e globale, poiché la penuria di risorse idriche porta sempre più a tensioni e potenzialmente a grandi conflitti. Oggi l’insostenibilità è fondamentalmente legata ad una proprietà e ad un uso insopportabili, ingiusti e irragionevoli delle risorse, specialmente dell’acqua.
- Insieme all’aria, al sole e alla terra, l’acqua è un elemento essenziale per la vita. Non c’è vita senza acqua. Il diritto alla vita significa il diritto all’acqua e de facto l’accesso ad essa per tutti.

A queste condizioni,

CHIEDIAMO CHE

La questione dell’acqua venga inclusa come tale nell’agenda dei negoziati della Conferenza di Copenaghen (COP 15).

Riteniamo che i grandi negoziati in corso a livello globale sul futuro dell’Umanità e della vita sul pianeta Terra non possano essere dedicati esclusivamente ai problemi del cambiamento climatico e dell’energia. Per più di 3 miliardi di persone, i problemi più critici sono il cibo, l’accesso all’acqua e la salute. Un nuovo trattato mondiale sul clima, l’ambiente e lo sviluppo deve includere nella sua agenda l’acqua come tema centrale.

La Conferenza di Copenaghen concordi sulla decisione di aprire un processo multilaterale basato sull’ONU per il periodo 2010-2012 per la definizione e l’approvazione di un Protocollo Mondiale sull’Acqua.

La comunità internazionale dispone di tutta la conoscenza e l’esperienza necessarie sul piano politico, economico, sociale, scientifico e tecnico per adattare tale protocollo, grazie in particolare all’importantissimo lavoro svolto dalle agenzie ONU negli ultimi 30 anni in termini di analisi, identificazione e selezione dei problemi, buone pratiche, iniziative, tecniche di misurazione, valutazione e previsione.

La Conferenza di Copenaghen riconosca la necessità e l’urgenza di un Patto Mondiale sull’Acqua, tradotto concretamente in un Protocollo Mondiale sull’Acqua. A questo scopo, la Conferenza dovrebbe sostenere la creazione di una “United Nations Water Authority” (UNWA), strumento efficace per una cooperazione partecipata a livello mondiale nel campo dell’acqua.

L’UNWA assicurerebbe il monitoraggio della situazione riguardo all’uso e al consumo dell’acqua e promuoverebbe la prevenzione/soluzione delle dispute internazionali relative all’acqua. L’UNWA dovrebbe essere dotata di una reale autonomia rispetto agli interessi economici, finanziari e commerciali privati, nonché agli interessi dei paesi più potenti.

Qualunque sottoscrizione in supporto dell’iniziativa da parte di cittadini, organizzazioni e istituzioni, sarà benvenuta. Si prega inviarla a secretariat@theworldpoliticalforum.org.

Dio: la possibilità buona

Un nuovo libro... ecco la presentazione dell'editore.
Gianni Vattimo, Carmelo Dotolo
Dio: la possibilità buona
Un colloquio sulla soglia tra filosofia e teologia
a cura di Giovanni Giorgio
Rubbettino (2009) pp. 114 ISBN: 978-88-498-2454-4 €. 10,00

Le posizioni del filosofo Gianni Vattimo e del teologo laico Carmelo Dotolo partono dal comune denominatore della comprensione del fenomeno della secolarizzazione moderna e contemporanea, quale traduzione immanente dei valori religioso-sacrali del cristianesimo. Se così è, allora la secolarizzazione deve comprendersi come figlia del cristianesimo, e non come sua liquidazione. Nelle figure della creazione e, soprattutto, dell’incarnazione ci sono infatti le premesse per un mondo non più sacro: esse reclamano un mondo che sia altro da Dio, un mondo secolare appunto. Questo però non è senza conseguenze per lo stesso cristianesimo e per un’esperienza di fede che voglia essere aderente ai tempi attuali. Dobbiamo ancora considerare Dio come il fondamento metafisico del mondo? Oppure Dio ormai è colui che, secolarizzato, è stato disintegrato come Dio e trasformato in utopia buona della storia? O forse il profilo di un Dio-amore può lasciar essere il mondo nella sua alterità, rimanendo possibilità buona per la storia? Ognuno di noi sta dentro le risposte date a queste domande da parte di due maestri che, dal lato della filosofia e dal lato della teologia, indicano strade intelligenti percorribili.
http://www.rubbettino.it/rubbettino/public/dettaglioLibro_re.jsp?ID=4673

mercoledì 18 novembre 2009

La cosa giusta


Ebbene sì, sono diventato attore...

Nel film "La cosa giusta", di Marco Campogiani. Se volete sapere quale ruolo interpreto, eccovi l'intervista al regista a CineCittà News.

MARCO CAMPOGIANI: UNA COMMEDIA AMARA SUL DOPO 11 SETTEMBRE
"Il mio film è ispirato a un fatto di cronaca"
[di Stefano Stefanutto Rosa]

TORINO. "Il mio film con ironia e una certa leggerezza pone delle domande e dei dubbi piuttosto che delle risposte o una riconciliazione finale". L'esordiente Marco Campogiani firma La cosa giusta commedia amara presente nella sezione Festa mobile del TFF, coprodotta da Rai Cinema e distribuita il 27 novembre da Cinecittà Luce, con un prologo torinese il 23.
Chi è veramente Khalid, liberato dopo mesi in carcere e impersonato da Ahmed Hafiene, il simpatico e bravo attore tunisino al suo quinto film in Italia. Un terrorista o un immigrato vittima di un errore giudiziario nel clima post 11 settembre? A Torino due poliziotti hanno prima il compito di pedinarlo nei suoi spostamenti, poi di proteggerlo a causa di alcune minacce. Eugenio (Paolo Briguglia) è un giovane istruito, ambizioso, un po' idealista e soprattutto agli inizi della carriera. Duccio (Ennio Fantastichini) è il poliziotto anziano, scafato e cinico, che si fida solo della sua lunga esperienza pratica. Benché diversi se non opposti per carattere e convinzioni finiranno per capirsi e per conoscere meglio il sospettato Khalid, tanto da essere invitati a cena casa sua. L'amicizia sembra essere il passo successivo... Ne La cosa giusta c'è anche un cameo del filosofo Gianni Vattimo nei panni di un avvocato impegnato a difendere gli immigrati e un altro dello scrittore iracheno Yanis Tawfik, (l'autore libro da cui è stato tratto La straniera visto sempre al TFF) nel ruolo di un insegnante di arabo ai poliziotti.
Come nasce il suo film?
Ho preso lo spunto da un fatto di cronaca giudiziaria avvenuto nel 2005. Un immigrato marocchino, dopo essere stato incarcerato due anni prima con l'accusa di complicità con il terrorismo, viene liberato su richiesta della magistratura. Da quel momento vive a Reggio Emilia e gli viene assegnata una scorta, e nel processo tenutosi a dicembre 2005 è assolto dal reato. Due giorni dopo questa sentenza che lo scagiona, il marocchino è espulso dall'Italia, il ministero dell'Interno lo ritiene infatti comunque sospetto di terrorismo.
Dunque una storia vera e dura.
Sì, ma ho evitato il film di denuncia. Il tono che ho privilegiato è quello ironico con situazioni paradossali come quella di Khalid il sospetto terrorista che comunica i suoi movimenti ai due poliziotti che dovrebbero pedinarlo di nascosto.
Ha scelto il registro della commedia?
All'inizio il film, affrontando una vicenda di cronaca, si presenta come un poliziesco. L'intenzione pare quella di scoprire se Khalid sia colpevole o no. Poi la situazione si ribalta con la scoperta di una persona come tante altre e con il rapporto con e tra i due poliziotti. Il tono diventa quello della commedia amara. Penso a film come Una vita difficile, Il federale che, senza fare sociologia, parlano con amarezza e sorriso di cose autentiche, di incontri veri tra persone diverse.
Torna anche nel suo film il rapporto tra noi e 'l'altro', il 'diverso'?
Preferisco parlare di individualità che s'incontrano, perché anche i due poliziotti in fondo si sentono estranei nel loro rapporto. In scena ci sono tre uomini sradicati che s'incontrano secondo geometrie variabili, tant'è che si creano tra loro delle alleanze provvisorie. Tutti e tre i protagonisti rivendicano la propria onestà: Duccio come esperienza e conoscenza del mondo; Eugenio come integrità morale; Khalid come bisogno di giustizia.
Ha scelto un finale aperto, resta il dubbio che quell'immigrato dai modi gentili sia o no un terrorista.
Probabilmente non lo è, ma non ho voluto un finale conciliante, ma spaesante. Khalid non è solo vittima, è un uomo comunque con le sue idee rispetto ai suoi fratelli mediorientali che combattono nel loro paese. In fondo a vivere l'incertezza di questo finale è Eugenio il poliziotto giovane che aveva provato a rapportarsi da subito con quel mondo. Una cosa giusta comunque l'ha fatta. Quella di capire e comprendere andando oltre l'ovvio e i confini prestabiliti.

martedì 17 novembre 2009

Superati i 200 post

Tanto per segnalare la cosa... un piccolo traguardo.

Nasce un Comitato Gianni Vattimo... a Fondi

Nasce un Comitato Gianni Vattimo... a Fondi

Ecco il blog:
http://idvfondi.blogspot.com/



Della cosa non posso che essere onorato, seguo con attenzione la vicenda, e sono contento se il mio nome viene invocato contro la corruzione e la criminalità. Non mi resta che augurare buon lavoro agli amici del comitato, e chiedere a voi tutti di sostenere l'iniziativa.
GianniV.

Interpretación, diálogo, dominio


La apertura de la primera edición del Festival estuvo a cargo de Gianni Vattimo que dio una conferencia sobre “Interpretación, diálogo, dominio”. Aquí el texto completo de un encuentro único.
(Eterna Cadencia, Librerìa & Editorial)
Empiezo pidiendo disculpas por mi español, pero a mí me gusta mucho mi castellano y espero que sea un gusto compartido por el público. El título de esta conversación -por la cual agradezco a todos los que me invitaron e hicieron posible este encuentro- se construyó y modificó a lo largo del tiempo que separa, que divide la aceptación de la invitación hasta el día de hoy. Es decir, no vivo en el planeta Marte, pero vivo en Italia.

Yo intentaré seguir este texto que no lo he escrito en español, que casi no puedo leer. Voy a anunciar los siete puntos en los cuales se articula este texto, que tiene muchísimo que ver con la circulación, como ustedes van a ver al final, en la conclusión. Se empieza con una toma de distancia de la retórica del diálogo, que ha devenido en algo más o menos intolerable en los últimos tiempos. En la política italiana, por ejemplo, los opuestos se acusan recíprocamente de no querer el diálogo: “Tú no quieres el diálogo” “Sí, yo quiero el diálogo, tú no quieres el diálogo”, etcétera. Pero nunca nombran a la cosa misma; es decir, ¿de qué tendrían que hablar si dialogaran? Esto lo digo paradójicamente en relación a la política italiana, pero creo que es un problema mundial y voy a explicar por qué. No puedo enunciar todos los puntos, sino no voy a hacer mi conferencia.

Primer punto: ¿Por qué el diálogo ha devenido en una retórica más o menos intolerable? Ha devenido porque nos hemos devenido más sensibles al componente de dominio que está siempre presente en el diálogo, si lo tomamos en su sentido platónico. Ustedes saben que Platón era un gran filósofo del diálogo o que escribió solamente diálogos. ¿Y qué pasa en los diálogos de Platón generalmente? Hay como un ignorante al que se interroga, al cual se le ponen preguntas muy bien organizadas por el maestro, que es frecuentemente Sócrates, y al final el ignorante descubre la verdad, dice “eureka, he descubierto la verdad”. Pero el maestro, que lo dirigía en el diálogo con las pregunta,s ya conocía la verdad y, sobre todo al final, se llega a una verdad que se imagina objetivamente demostrada, dada, en la cual todo se tranquiliza, todo se resuelve. Pero esta estructura es sospechosa porque, efectivamente, el hecho de que haya un maestro que pregunta, que conduce el diálogo es más o menos como una forma de escuela activa, pero en la cual el maestro sabe dónde se va y se va donde el maestro quiere, desea o impone ir, prácticamente.

La productividad del diálogo, la importancia del diálogo, en este sentido platónico, está siempre ligada a la idea de que hay una verdad objetiva a la cual se llega a través de un intercambio de opiniones con una dirección más o menos explícita de alguien que conoce la solución del problema. Por eso, el concepto de diálogo, en este sentido platónico, implica como siempre una condición de dominación; es decir, hay alguien que me conduce, que es el maestro. Esto no es tan dramático, si uno cree que hay una verdad objetiva. Toda la filosofía platónica y la de Aristóteles -en un sentido diferente, obviamente- está basada sobre el hecho de que hay verdades dadas que se tratan de compartir, de descubrir, a las cuales tenemos que llegar para nuestra salvación final, para nuestros actos morales, para nuestro conocimiento del mundo, etc. No hay dudas sobre esto. Sólo que en la contemporaneidad, en mi sentido de filósofo hermenéutico (hermenéutica es la filosofía que subraya sobre todo la experiencia de la interpretación en el descubrimiento, en la búsqueda de la “verdad”), la filosofía aprendió a devenir aséptica frente a esta idea del diálogo como manera de llegar a una verdad objetiva. ¿Por qué? En italiano tenemos la expresión “que se vaya al diavolo, que se vaya al infierno”, pero yo generalmente en las discusiones la transformo a “váyase al diálogo”, es como “piérdete” porque el diálogo no significa más nada sino una conservación de la situación existente, como una máscara del tipo democrática. Es más o menos como las elecciones tramposas; es decir, hay elecciones, sí. Por ejemplo, en muchísimas democracias, como las conocemos nosotros, gana las elecciones no necesariamente el que ha recolectado más dinero, pero de hecho tal vez pasa esto. Y sin tener muchísimo dinero no se puede hacer ni siquiera la propaganda para las elecciones. Pero podemos tener algunas dudas sobre la importancia democrática de este tipo de elecciones, lo digo solamente para abrir zonas de discusión posibles.

El punto es que en el mundo contemporáneo el diálogo como forma de democracia tramposa ha devenido visible por razones práctico-políticas. Por ejemplo, cuando se cayó el muro de Berlín en 1989, todos hemos imaginado que el mundo iba a estar finalmente en paz, pero la paz que se garantizó después es una paz bastante tramposa ella misma. Es decir, efectivamente, no hay una guerra mundial, hay muchísimas guerras particulares, hay guerras que se han devenido más frecuentes cuando el mundo parecía más unificado bajo una única perspectiva. Esto, por lo menos, es la explicación en términos prácticos-políticos de por qué el diálogo ha devenido en un término de retórica política, en el cual casi nadie cree más porque, efectivamente, vivimos en una unificación del poder mundial donde sí, obviamente, estamos todos absolutamente con las camisetas escritas. Se puede imaginar qué estaría escrito en nuestras camisetas: “somos occidentales, somos defensores de la civilización cristiana de Europa y de los Estados Unidos, hay un terrorismo internacional, etcétera” y esto es el consenso universal, el Washington Consensus, el pensamiento único que se difunde en todo el mundo. En esta condición todo lo que es idea de unificación, de unidad, deviene en sospecha. Hay, obviamente, un gusto no por la perversión, pero sí por la oposición, un gusto diabólico. Es decir que cuando encontramos a alguien que está en contra del sistema y que obviamente no nos toca como personas, como individuos, experimentamos inmediatamente un sentimiento de simpatía, ¿por qué? Porque efectivamente tenemos tantas razones cada uno de nosotros para estar insatisfecho con la estructura compleja, que si hay alguien que lo rechaza, lo refuta, lo contesta, un poco de simpatía inmediata nos suscita.

El diálogo, teóricamente, se me revela como problemático, como una forma de dominio en una condición del mundo en la cual la cultura colectiva siente más y más el peligro de una integración bajo un país único que no deja mucho espacio a las oposiciones. ¿El mundo, ahora después del 89, es más seguro que antes? Esto es un problema; yo no sé, para mí también es un problema. Es decir que, antes de 1989, estaba la guerra fría, estaba el problema de que los rusos descubrieran una bomba más potente que los norteamericanos, etcétera. Pero, finalmente, no se hacía mucho la guerra, excepto Vietnam. Ahora, después del 89, todo lo que no está integrado fuertemente en el sistema parece una amenaza terrorista. La tesis de Bush, que no será más presidente, afortunadamente, en dos o tres meses, era: quien no está con nosotros, está en contra nuestro; es decir que están con nosotros o son amigos de los terroristas, alcaidista, etcétera. Lo que efectivamente crea una situación de inseguridad porque cuando hay un sólo centro, todo lo que está en el interior y no se unifica, no se conforma exactamente al centro, deviene en una amenaza. El terrorismo es un problema para nosotros porque los aviones salen con muchísimo retraso, incluso cuando no hay bombas. No hay casi nunca una bomba en el avión pero tenemos que dejar completamente nuestras cosas, hay radiaciones para ver el interior, etcétera. El terrorismo es una realidad no porque exploten bombas continuamente sino porque se tiene que tomar todas estas medidas de seguridad que van más allá de lo tolerable. Para entrar en Estados Unidos, el primero de octubre de hace dos años, se tenía que poner sólo este dedo, ahora todos y ¿cuándo se empezará con los dedos de los pies o la medida de los ojos, etcétera? Cito todo esto porque un gran filósofo –incluso más grande que yo- que era Theodor Adorno, decía que el racionalismo de Hegel deviene falso cuando deviene una realidad, siempre la filosofía ha soñado un mundo totalmente racionalizado, pero era un sueño. Ahora que este mundo totalmente racionalizado, mecanizado, controlado, etcétera está deviniendo siempre en más realidad, nos damos cuenta del hecho de que es intolerable. Esto es lo que más o menos Heidegger decía y Nietzsche decía sobre el hecho de que la metafísica llega a una conclusión y se disuelve, se deviene imposible creer en la verdad objetiva porque se desarrolla, se manifiesta más y más el carácter violento de los que hablan de la verdad objetiva. ¿Qué hace Bush? Bombardea a Irak para defender el derecho natural verdadero de los irakíes a tener democracia. En este momento parece que uno no tiene más que hacer que ser democrático, demócrata, si esto implica que se bombardee a un pueblo para darle lo que es su derecho absoluto y total. Todo esto es nuestra realidad cotidiana, no necesito esclarecerlo más.

¿Qué pasa cuando el diálogo se revela como un desenmascaramiento ideológico del orden existente? El hecho de que haya una verdad objetiva, que se puede llegar a conocer, que deviene como la base de nuestros diálogos, es ya una afirmación metafísica ligada al poder de las clases dominantes. ¿Quiénes son los que creen en la racionalidad del mundo? Los que están bien en este orden. Si uno nace con bombas, con infinidades múltiples, con dos narices, con cuatro orejas, es difícil que vaya a creer que el mundo es el mundo, el ser verdadero, la verdad es la objetividad. Todo esto no lo cree más. Puede estudiar las razones para cambiarlas, pero no cree que el ser es el verdadero criterio para decidir lo que es bueno y lo que es malo. Estas son tesis de Nietzsche y sobre todo de Walter Benjamin.

¿Cuándo entra en crisis la metafísica? Adorno dice que la metafísica se autodisuelve cuando deviene demasiado real. Hay un sistema de racionalización tendencialmente total que nos impide creer más, que se desmiente a sí misma a través de su intolerabilidad. No nos gusta vivir en el mundo totalmente organizado y, obviamente, controlado, manipulado, etc., en la medida en la cual está organizada. ¿Y qué pasa en este momento? Obviamente, la teoría refleja esta situación de espíritu; es decir, yo no invento que el diálogo es una mentira, sino que lo constato, lo veo en el comportamiento de la gente. Por ejemplo, en un mundo de organización total aumenta la conflictividad. En la sociedad totalmente controlada los conflictos en lugar de reducirse, se multiplican.

Pero ¿por qué en nuestra historia reciente de Occidente, de Europa, esta idea de una verdad objetiva que se tendría que compartir, a la cual se llega con el diálogo interpersonal, parece una mentira? Porque hay pueblos que se levantaron en contra de esto. Es decir, que toda la idea europeo-occidental de la verdad objetiva descubierta con la racionalidad, con el diálogo, con las constituciones, etcétera es algo en contra de lo cual se revolucionaron los que eran considerados como todavía no pertenecientes a este sistema, los “primitivos”. Todo este pensamiento antropológico del siglo XIX y de comienzo del siglo XX era una teoría de los primitivos. Sí, los primitivos se llamaban así porque todavía no habían llegado a nuestra civilización. Incluso nosotros habíamos hecho todo lo posible: colonizarlos, convertirlos, quemarlos a los que no se convertían, etcétera y hasta cierto punto la lógica misma de todo esto condujo… Pero no sé si es una lógica, yo no creo que hubiera una necesidad histórica en la rebelión de los pueblos así llamados “primitivos”. Ahora no se puede llamar más a nadie “primitivo”; es decir, no se puede creer más que haya una historia unitaria de la humanidad de la cual nosotros somos la cabeza, nosotros encabezamos, nosotros los europeos-occidentales. No se puede decir más esto, no porque hayamos descubierto un desfase, sino porque nos matan. Es muy importante para comprender la filosofía. La filosofía no se desarrolla en un mundo de ideas y hemos descubierto que la palabra “primitivo” no se puede utilizar. No, no la utilizamos porque los primitivos tomaron las armas y van a castigarnos, si lo llamamos primitivos. Todo esto es muy simplificado pero parece haber pasado en el siglo XX con la trasformación del colonialismo, del imperialismo europeo, etcétera.

¿Todo esto ha conducido a qué? A mí me parece que ha conducido a la situación actual de una intensificación más explícita de la violencia disciplinaria del Occidente; es decir que un imperio que está, que siente que se disuelve, deviene más cruel, más explícitamente militar. Guerras de este tipo en contra del terrorismo internacional se desarrollaron exactamente en un mundo después del 89, que había creado como una situación nueva donde no había más un problema visible muy profundo como Alemania Este u Oeste, pero ahora lo que pasa es la intensificación de la disciplina. En los Estados Unidos, los derechos civiles mismos para los ciudadanos americanos son mucho más amenazantes con el control, con todo este sistema. Ni que hablar de los extranjeros que, obviamente, las máximas norteamericanas en el mundo se multiplican. Hay como una lógica interna, intrínseca, interior que no es la falta de alguien, no es que Bush es malo, se puede decir que es estúpido, pero malo no sé. Decir que es un gran pecador no me parece, es un ex alcohólico que, desafortunadamente, se desalcoholizó. (Hay una gran expresión que aprendí de un argentino: mejor un borracho conocido, que un alcohólico anónimo.) Pero es verdad que esta condición yo me la pregunto a mí mismo: ¿por qué tengo tantas sospechas frente al diálogo? Porque me parece una máscara de situaciones de trampas, de dominio enmascarado, disfrazado y esto es una condición del mundo que es diferente de 20 o 30 años atrás.

Digo todo esto incluso con cierta polémica frente a Jürgen Habermas que es un gran filósofo alemán, que ustedes probablemente conocen. Habermas piensa, efectivamente con buenas razones, que se trata de sustituir el método del diálogo racional con el método de la lucha violenta en la política interior de los estados, en la política internacional del mundo, etcétera. Todo esto a mí me parece sacrosanto, que no puedo rechazar obviamente. Pero básicamente Habermas tiene como modelo de su filosofía el ideal del hombre de laboratorio científico, de alguien que deja afuera sus pasiones, sus intereses, etcétera y se dedica al descubrimiento de la verdad objetiva. Pero todo esto es supremamente irrealista. Es decir, un mundo en el cual sería posible el diálogo racional, en el cual Habermas piensa, sería ya un mundo idealizado que no existe y para hacerlo existir se necesita algo, se necesita eliminar las causas de lo que Habermas llama la opacidad; es decir, dialogar racionalmente pertenece a gente que no tiene demasiadas desigualdades del tipo económico. Si un señor con un Roll Royce se queda un momentito y habla con un pobrecito y dice “dialogamos”, me lleva a restaurantes, me lleva al cine, trata de seducirme… OK, dialogamos pero atención que es un diálogo muy desigual. El hecho de construir una condición de diálogo, que me parece absolutamente un gran ideal, exige algo diferente que el diálogo, exige una iniciativa de reducción de la dominación. Por ejemplo, el mismo ejemplo que hemos tomamos antes de Bush que bombardea Irak para instituir la democracia es un gran ejemplo. No se puede instituir la democracia con un método democrático. O dejemos de lado lo de Irak, por ejemplo los revolucionarios franceses cuando decidieron tomar la Bastilla o matar al rey, ¿han hecho un referéndum popular? No me resulta. Sobre todo no se podían imaginar ni siquiera un referéndum democrático porque no había una constitución que previera un referéndum. Es decir, que instituir una situación referendaria exige que se establezca un código, la constitución democrática de un país. Todo esto es muy paradojal porque nos crea muchas dudas sobre el hecho de que tengamos una buena conciencia democrática. Sí, tenemos una buena conciencia democrática, si dejamos de lado muchos detalles. Es decir, que el problema del instituir un diálogo racional es establecer condiciones de diálogo posibles porque, efectivamente, cuando me propongo el problema de cómo crear condiciones dialógicas, descubro una manera de estar junto a los otros que no es más la de Platón en la que uno dirigía la conversación para ir terminando en una verdad que ya era conocida.

Yo no tengo en esto otra solución que la que es sugerida por el verso Hölderlin que Heidegger siempre comenta, donde Hölderlin dice: “muchos dioses nombró el hombre desde que somos un diálogo, una conversación”. ¿Qué significa esto? Que el diálogo se instituye, se da, que el diálogo como tal crea muchos dioses, no un dios sólo. Establecer condiciones de diálogo o imaginar un diálogo que no sea simplemente la máscara de dominación, significa abrir la circulación de las interpretaciones más allá de toda preocupación por la verdad. ¿Quién es el que siempre está preocupado por el relativismo? Yo creo que sobre todo las autoridades que se sienten autorizadas a presentar la verdad: la iglesia católica, el Papa, o autoridades políticas de todo tipo, los buenos y los malos, nosotros somos el imperio del bien y del otro lado existe el imperio del mal. Y siempre esta idea de que el relativismo es un peligro para la verdad se traduce, muy mayormente, en el hecho de que el relativismo es un peligro para la autoridad, para una única autoridad que tiene la autoridad para construir las leyes, o lo que ella tiene como moralmente aceptable, etcétera. Todo esto es lo que pasa continuamente en el mundo actual; es decir, todas las iniciativas de transformación de las instituciones encuentran obstáculos en alguien que dice “no, esto no se puede hacer, hay una ley natural”.

Nosotros en Italia conocemos una terrible historia de la presencia de ley natural a través de la autoridad de la Iglesia. No se puede ni siquiera hablar de eutanasia: para defender tu derecho a la vida te obligamos a vivir aunque hayas devenido en vegetal. Todo esto pasa todos los días. Las leyes que conciernen a la reproducción artificial, etcétera, son todas sometidas por algunas autoridades. Por ejemplo, ¿la presencia de la Iglesia en la política italiana es anti-democrática? En principio, no. Pero se ayuda con el hecho de que la Iglesia es muy persuasiva en la sociedad italiana. Casi todos los diputados de la derecha italiana que defienden los valores de la familia tienen por lo menos dos o cuatro familias; es decir que son divorciados. Absolutamente creen tan totalmente en la familia que tienen muchas familias. Sí, esto es verdad pero lo digo porque todos estos problemas de obstáculos no discutibles para la libertad de la legislación democrática de un estado son obstáculos del tipo autoritario de la verdad.

Existe este lema en la tradición filosófica donde se dice: “Amicus Plato sed magis amica veritas”. Se dice que era un dicho de Aristóteles: “soy amigo de Platón, pero más amigo de la verdad”. Si Platón enseña algo contrario a la verdad, intento callarme y si sigue, puedo ponerlo fuera de la ciudad y, bueno, al final puedo matarlo. La idea de que haya una verdad va hasta el punto que no importa matar a una persona porque el valor eterno de la verdad es otra cosa que ésta. Siempre se trata de sustituir “Amica veritas, sed magis amicus Plato”: soy amigo de la verdad pero más amigo de Platón, de mis amigos, de mi clase, de mis semejantes. Digo que sustituir este diálogo del tipo autoritario, que es la tradición del diálogo platónico, del diálogo racionalista, sustituir a esta forma de diálogo dominador, de dominio, de un diálogo no implicante en la sumisión de alguien a otros, implica una lucha para instituir condiciones de igualdad que impide, disuelve la historia misma, la pretensión misma de una verdad única. Es por esto que intento interpretar los versos de Hölderlin como: después de que somos un diálogo, el hombre ha nombrado muchos dioses, no un sólo dios. Es decir que lo que se necesita para un intercambio humano entre sujetos con los mismos derechos es una multiplicación indefinida de las posiciones. La cuestión es: ¿se puede imaginar una sociedad de este tipo? Sí, se puede: sería una sociedad mucho menos autoritaria, mucho menos sometida a una sola verdad, a una sola tradición, sería una sociedad más democrática en el sentido de que los ciudadanos tienen que ser consultados sobre lo que prefieren como ley colectiva. Hay muchísimos problemas en esto obviamente, pero filosóficamente se trata, básicamente, de liberar a la sociedad de la dominación de la “verdad” porque, como dice el Evangelio, “la verdad es solamente lo que nos hace libres”. Pero conocer cómo funcionan las maquinarias del mundo, ¿nos hacen libres o no? Sí, solamente si podemos manipularlos a nuestro fines. Pero si hay alguien que dice que los fines no son discutibles -es decir que se trata de utilizar el conocimiento de las verdades positivas solamente en vistas de un fin que no se puede discutir- no tiene más sentido que la verdad nos libere, nos haga libre. Todo este juego es importantísimo. Filosóficamente me parece que es importante, literariamente también. Por ejemplo FILBA no es una manera, un lugar donde se encuentran diferentes perspectivas literarias para construir una unidad final de la “verdadera Literatura”. Absolutamente, no. Es un lugar donde se encuentran y se multiplican las voces. Yo tendría que, pienso, decir un poco más que esto. Esto parecería un discurso de puro relativismo: todos tienen derecho de decir no importa qué o tienen derecho a escribir no importa qué tipo de novelas. Pero en esta idea de liberar el diálogo nombrando dioses hay también una normatividad, una norma que es: tenemos que liberar las voces de todos y no implicando que haya una voz más significante que las otras.

Yo empecé citando a Walter Benjamín en su tesis La filosofía de la historia, que es su último escrito, prácticamente de 1940. Antes de que él se matara, se estaba escapando de los nazis y pasando de Francia a España y había escrito esta tesis sobre la filosofía de la historia donde dice que el propósito del revolucionario -con la cual él se identificaba en ese momento- puede ser no solamente construir un hombre ideal futuro, sino revindicar, tomar venganza para los que han sufrido en el pasado, para los callados, para los que no han tenido representación, para quienes no han dejado trazos en la historia, etcétera. La idea de abrir el diálogo sin dominadores implica necesariamente -o casi necesariamente- la elección de una escucha privilegiada para los que no habían sido escuchados antes. Multiplicar las voces no significa simplemente “oh, qué belleza”. Sobre todo tenemos que escuchar todas las voces que no se escucharon hasta ahora. Esta idea del relativismo que parece tan vacía y tan postmoderna (en el peor sentido de la palabra) es una idea profundamente revolucionaria. La multiplicación de las voces implica dar la palabra a los que no la han tenido, construir condiciones de diálogo más allá del hecho de que se tenga que dialogar. La construcción de un mundo de diálogo no se puede hacer simplemente exaltando el diálogo, sino tomando partido, aceptando el conflicto, no simplemente imaginando vivir en un mundo del tipo ideal, astrológico, marciano, interplanetario.

Todo esto yo sé que aquí se liga a la temática de la FILBA, pero para mí es un gran avance en mi filosofía hermenéutica, porque si ustedes se acuerdan de lo que es la hermenéutica en las últimas décadas siempre ha sido como la filosofía del diálogo. Incluso Gadamer era obviamente el gran filósofo del diálogo: la verdad se busca dialógicamente. Él mismo ya criticaba en Verdad y método, su obra de 1960, todos los diálogos en los cuales no hay una perfecta igualdad entre los dialogantes. Tenía incluso grandes reservas respecto de los diálogos psicoanalíticos porque él pensaba -como pensaron muchos del psicoanálisis- que era como una manera en la cual el psicoterapeuta te solicitaba conduciéndote hacia la verdad que él ya conocía. Esto no es más el caso del psicoanálisis contemporáneo donde hay mucho más interés en la creación de la verdad a través de un intercambio, no es solamente la verdad del analizando. Esto lo digo para decir que incluso Gadamer, que era un platónico, a quien le gustaba muchísimos los diálogos de Platón, tenía muchas sospechas ante los diálogos donde no hay total igualdad. Todo se trata de establecer condiciones de igualdad a través de una elección auténticamente dialógica de darle voz a todos los que no la han tenido hasta ahora. No es simplemente la afirmación de relativismo, sino en muchos sentidos puede devenir en un principio revolucionario con todas las exigencias de las cuales estamos cargados. Yo creo que sí.
Gracias.

domenica 15 novembre 2009

blog

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venerdì 13 novembre 2009

La Calabria onora Gianni Vattimo

La Calabria onora Gianni Vattimo.
Prima all’Università di Cosenza, poi nella sua San Giovanni in Fiore. Nella città silana sarà insieme a Gioacchino Genchi, consulente tecnico in "Why not?" e in altre importantissime inchieste.
Giovedì 12 novembre 2009, La Voce di Fiore
(http://www.lavocedifiore.org/SPIP/article.php3?id_article=4538)

Il prossimo 18 novembre, il filosofo ed europarlamentare Gianni Vattimo sarà a Cosenza, all’Università della Calabria. Presenterà, alle 17,30 nell’Aula Caldora dell’ateneo, il suo ultimo libro, "Addio alla verità", pubblicato nel 2009 da Meltemi Editore. All’evento parteciperanno Nuccio Ordine, ordinario di Letteratura italiana e Adriano De Sanctis, preside del corso di laurea in Ingegneria Edile e dell’Architettura.

Il 19, invece, Vattimo, candidato sindaco di San Giovanni in Fiore (Cosenza) nel 2005, tornerà nella città dell’abate Gioacchino, profeta dell’utopia della Terza Età, di cui il filosofo, nato a Torino e originario di Cetraro, scrive ampiamente nel volume "Dopo la cristianità", Garzanti. Alle ore 18, nella sala convegni dell’Hotel Dino’s, parlerà di utopia e democrazia insieme a Gioacchino Genchi, il maggiore esperto informatico di cui si serve l’Autorità giudiziaria per le inchieste più importanti e complesse. Col patrocinio del Sindacato Autonomo di Polizia della Calabria (Sap), interverranno anche il segretario regionale Michele Granatiero, Roberto Bonina, del Sap provinciale di Crotone, Francesco Scarcelli, sindacalista Cgil, Vincenzo Tiano, vicedirettore di "la Voce di Fiore" e Gerardo Tangaro, degli "Amici di la Voce di Fiore".

Peraltro, Vattimo e Genchi parleranno agli studenti delle scuole superiori di San Giovanni in Fiore, presso l’Istituto Commerciale alle 9,30 del 19 novembre.

giovedì 12 novembre 2009

Interrogazione al Consiglio sul trattamento dei dati personali e sulla tutela della vita privata nel settore delle comunicazioni elettroniche

INTERROGAZIONE SCRITTA P-5542/09
di Gianni Vattimo (ALDE)
al Consiglio

Oggetto: Persistente violazione della direttiva 2002/58/CE da parte delle autorità italiane

Attualmente è all'esame della commissione Affari costituzionali del Senato[1] un emendamento[2] che proroga di fatto sine die, e comunque almeno per altri 20 mesi, la disciplina già censurata dalla Commissione europea[3] perché in contrasto con la direttiva 2002/58/CE[4], vale a dire proprio la legge che dovrebbe assicurare l’attuazione degli obblighi comunitari.
Non ritiene il Consiglio che occorra urgentemente intimare alle autorità italiane di rispettare la direttiva europea e il diritto comunitario e, se questo non accadesse, portare l’Italia dinanzi alla Corte di Giustizia e chiedere l’immediata sospensione della legge e il blocco delle operazioni in contrasto con il regime sulla privacy italiano ed europeo? Non ritiene opportuno il Consiglio investire di tale problematica il gruppo di lavoro dei Garanti della privacy europei?

[1] In sede di esame del DDL n. 1784 di iniziativa del Presidente del Consiglio e del ministro delle Politiche europee, per la conversione in legge del Decreto Legge n 135 del 25 settembre 2009, recante disposizioni urgenti per l’attuazione di obblighi comunitari e per l’esecuzione di sentenze della Corte di Giustizia delle Comunità Europee.
[2] Emendamento del Senatore Malan (relatore) n. 20.0.2 che propone, tra l’altro, all’ultimo capoverso, che "All'articolo 44, comma 1-bis del decreto-legge 30 dicembre 2008, n. 207, convertito, con modificazioni, dalla legge 27 febbraio 2009, n. 14, le parole "sino al 31 dicembre 2009" sono sostituite con le parole: “sino ai due mesi successivi all'istituzione del registro di cui al comma 2-bis dell'articolo 129 del decreto legislativo 30 giugno 2003, n. 196".
[3] Risposta scritta del 7 aprile 2009 all’interrogazione P-1463/2009 dell’on. Marco Cappato.
[4] Direttiva 2002/58/CE relativa al trattamento dei dati personali e alla tutela della vita privata nel settore delle comunicazioni elettroniche - GU L 201 del 31.7.2002, pag. 37.

domenica 8 novembre 2009

Los ateos tienen también su dios

Los ateos tienen también su dios
El filósofo italiano Gianni Vattimo se pregunta los porqué del creciente interés por demostrar que Dios no existe.
Por: Gianni Vattimo. Filósofo.
¿Por qué tanto interés en demostrar que Dios no existe? Es una pregunta que, ciertamente, gente como Hitchens refutaría, o al menos zanjaría de inmediato, diciendo que la verdad merece ser conocida más allá o más acá de cualquier interés. Sin embargo, eso de por sí torna sospechoso su enfoque. Como enseñó Nietzsche, quien habla de la verdad como un valor supremo muestra que todavía cree en un dios último. Pero entonces, si no puede, y no debería, invocar el amor por la verdad, ¿por qué a Hitchens le preocupa tanto la demostración de la no existencia de Dios? Sobre todo, teniendo en cuenta que, como observan muchos semi-creyentes, si Dios existe, la verdad es que hace sentir muy discretamente su presencia. Podemos aventurar una hipótesis, que vale no sólo para Hitchens sino para todos los numerosos ateos militantes que comparten su mismo programa. Quieren demostrar que Dios no existe porque "perturba", o mejor: porque constituye un límite para nuestra libertad. De ahí que tenga sentido oponer a Nietzsche al ateísmo racionalista de Hitchens y otros semejantes. ¿Someterse a la verdad es realmente mejor, para nuestra libertad, que someterse a Dios? Si tomamos, por ejemplo, el iusnaturalismo en la ética y la filosofía del derecho, someterse a la ley (derechos y deberes) "natural" ¿es realmente mejor que someterse a Dios?

Los ateos racionalistas deberían ser más coherentes. Tendrían que adoptar el lema que servía de título a un texto anárquico de hace un tiempo, de Hans Peter Duerr (si no me equivoco): Ni dieu ni mètre –ni dios ni metro–. Ni dios ni orden racional del mundo que deban ser respetados; o también: ni dios ni verdad científica asumida como base para una conducta racional. En suma: el orden objetivo que la "razón" descubriría en la realidad, y que estaría al alcance de la razón de "todos", es tan poco liberador, y peor quizá, que el dios de la tradición. Naturalmente, el dios cuya no existencia se demuestra según Hitchens es el dios de nuestra tradición –una entidad personal que habría creado al mundo y al hombre y con la cual el hombre puede ponerse en comunicación para conocer su voluntad, sus propósitos, su eventual plan de salvación–. ¿Podemos decir el dios cristiano? Si es así, y creo que es así, considerar a este dios como un obstáculo a la libertad y a la responsabilidad del hombre tiene poco sentido; o por lo menos, se funda en un error, pues de quien nos quieren liberar es del dios-poder que quiere imponernos su autoridad a través de todo tipo de exigencias y prohibiciones. En esto, puedo estar más de acuerdo con Hitchens que un creyente.

Para los creyentes, al contrario, justamente para salvar la propia fe, sobre todo en este momento de la historia en que el multiculturalismo nos ha hecho conocer tantas experiencias religiosas distintas, es decisivo separar a dios de toda disciplina clerical, de toda pretensión de poder de imposición sobre la libre elección del hombre. Desde el punto de vista del interés por la libertad, en cambio, se debería reconocer que la idea de un dios personal que nos comunica su voluntad y sus propósitos es mucho más aceptable que la de un orden objetivo que, ciertamente, como en Spinoza, nos invita a "no llorar ni gozar, sino solo entender" la necesidad lógica de todo. No precisamente un gran avance para la libertad que se intentaba salvar.

Es cierto que de este dios tenemos noticias sólo a través de textos mitológicos, nunca lo descubrimos en una experiencia sensible o mediante un procedimiento científico ordenado. No es un "fenómeno", diría Kant; o, como escribe en cambio más claramente Bonhoeffer, "un dios que está (como una cosa, un objeto de posible experiencia) no está". Y sin embargo, todos tenemos el sentimiento, sí, como una impresión de fondo de la que no podemos liberarnos, de que nuestra existencia fue hecha posible, en sus aspectos afectivos, de evaluación, de elecciones morales, solo por esa herencia mitológica, en cuyo interior, por otra parte, maduró también la mentalidad científica de la que Hitchens quiere ser defensor.

El dios cuya no existencia es demostrada (sin turbarnos en absoluto) por Hitchens es el que, por el contrario, pareció tan a menudo demostrable (de San Anselmo a Descartes) a los filósofos; si ese dios existiera, adiós libertad, estamos de acuerdo. Pero es justamente el "dios de los filósofos", al que ya Pascal consideraba poco creíble. Las iglesias, y en primer lugar la Iglesia católica, pensaron que debían predicar al dios de Jesucristo como si fuera ese dios "demostrable"; y cometieron ese error por puros motivos de poder –el Dios que la razón "demuestra" parece portador de una autoridad más absoluta y universal (pensemos en cómo la Iglesia insiste en el hecho de que "por naturaleza", el matrimonio "naturalmente" heterosexual es indisoluble, y así puede prohibir el divorcio también a los no creyentes. Y así sucesivamente). El dios en el cual siguen creyendo los creyentes no tiene nada que ver con el dios, inexistente, de Hitchens. Su libro puede, en cambio, ayudar a todos a liquidar la siempre resurgente tentación de identificar la palabra divina con alguna autoridad despótica, llámese la iglesia o la "ciencia".

Traducción de Cristina Sardoy. © Gianni Vattimo para Clarin, 2009.